domingo, 13 de abril de 2025

Barcelona 2025 - parte 4: do Montjuïc à remontada blaugrana

 Para o terceiro dia tinha planeado a incursão a Montjuïc.

Levantei-me e quando saí do hotel e estava preparado para caminhar quase 50min até ao topo da emblemática colina catalã, esbarrei de frente com uma multidão de corredores nas ruas. Era o dia da Marató Barcelona e eu não sabia... Eu não tenho nada contra correr, antes pelo contrário, mas o problema é que o percurso da corrida cortava precisamente o trajeto até Montjuïc. Então, a minha caminhada foi transformada num para-arranca para atravessar as ruas, sempre à cata de uma fresta de oportunidade para atravessar a estrada, rasgando o pelotão sem ser atropelado pelos peões a alta velocidade, apenas para alcançar o “check-point” seguinte, escassos metros adiante.

 

Marató Barcelona - 16 de março de 2025


Logo no início desta aventura acabei por descobrir um café português bem próximo do quarteirão do hotel onde estava hospedado, o Amália’s Portuguese Flavours. Tomei lá um café e no dia seguinte regressei para tomar o pequeno-almoço, onde aproveitei para descobrir um pouco mais da história de vida do dono, e que vou contar na última parte desta crónica.

 

Fui “obrigado” a fazer outra paragem no Mercat Del Llibre Dominical De Sant Antoni, um mercado de livros usados que acontece todos os domingos. Além de livros, também pus o olho nas coleções de cromos e de Mega Craques que me fizeram viajar à infância.

 

Mercat Del Llibre Dominical De Sant Antoni

 

Este mercado acabou por ser o ponto de viragem na minha “luta”, pois a partir daqui tornou-se bastante mais fácil fugir aos corredores e paulatinamente iniciei a escalada do Montjuïc.

 

A primeira paragem foi nos Jardins del Teatre Grec, onde a beleza da vegetação escondia a triste realidade de um jovem que dormia numa tenda abrigada da chuva que durante a semana havia caído sobre a cidade.

 

Jardins del Teatre Grec


Depois tomei uma escadaria que me conduziu aos jardins da Fundação Joan Miró, a última paragem antes de alcançar o famoso Estádio Olímpico Lluís Companys. Aí entrei pela porta aberta ao público e “viajei” até ao ano de 2006. Nessa ocasião recordo-me de entrar pela mesma porta e caminhar pelo meio das bancadas. Era outro tempo... Hoje o FC Barcelona encontra-se temporariamente a utilizar o estádio enquanto o seu está a ser remodelado e, assim, as áreas acessíveis aos turistas são mais restritas.

 

No Estádio Olímpico Lluís Companys

 

Era quase meio dia quando lanchei uma sandes de atum comprada no bar do estádio antes de dar uma volta às imediações do Palau Sant Jordi, donde vislumbrei a imponente Torre Telefónica crescendo para os céus, outra das heranças dos Jogos Olímpicos de 1992. Chegou depois a hora de tomar a subida final rumo ao topo do Montjuïc, onde iria encontrar o famoso castelo. Esta subida final teve a particularidade de me fazer contornar a colina, sujeitando-me a uma curiosa alternância entre calor e frio que me foi obrigando a despir e vestir o casaco e a sweater que levava vestidos várias vezes antes de alcançar o cume.

 

Jardins à entrada do Castelo de Montjuïc


No topo, acumulavam-se turistas que fotografavam o castelo, os canhões ou simplesmente a paisagem em seu torno. É que desde o alto de Montjuïc é possível observar Barcelona a 360º, desde o azul do Mar Mediterrânico, passando pela zona portuária até à densa urbe da cidade condal. E então se fizermos o caminho de terra batida que circunda as muralhas do castelo vamos poder absorver toda a imponência e grandiosidade desta paisagem em menos de meia hora.

 

Vista do porto de Barcelona a partir do topo do Montjuïc

 

Às 13h15 apanhei o autocarro 150 que me fez descer rapidamente até à Plaça d'Espanya, sita na base do Montjuïc, onde uma gigantesca multidão fazia fila para um festival de hambúrgueres que decorria até esse dia 16 de março na Plaça de l'Univers at Fira. Rapidamente desci para o interior da estação de Metro, onde apanhei a L1 para sair na Plaça de Catalunya. Aí almocei no restaurante Casa Candela, muito perto do ponto de encontro para a Free Walking Tour que iria fazer às 15h.

 

 Restaurante Casa Candela

 

A caminho desse restaurante, mais uma vez dei de caras com a triste realidade de quem não tem tanta sorte quanto eu tenho. Eram vários os sem abrigo deitados em colchões, abeirados junto às lojas imponentes daquela zona histórica de Barcelona. Um deles, jacente junto à Desigual, chamou-me particularmente à atenção pela amputação transmetatársica no pé direito que ostentava. Enfim, coisas de Médicos Fisiatras...

 

As previsões meteorológicas indicavam que às 15h iria começar a chover e… assim foi! O percurso da Free Walking Tour foi feito sempre à procura de um lugar onde o grupo de 15 pessoas se pudesse abeirar, dado que nem todos traziam guarda-chuva. Eu era um desses desprevenidos, mas felizmente consegui atestar o quão impermeável era o meu casaco. A guia polaca que nos conduziu pelas ruas de Barcelona ministrou-nos uma autêntica aula de história, com factos tão interessantes que não cabem numa única crónica. Deixo-os para outra ocasião, talvez para enriquecer a boa conversa que vamos ter no dia em que tomarmos um café. Até lá liberto somente o facto mais comercial de todos: durante a tour a guia deteve-nos na Plaça de Sant Felip Neri, um recanto emblemático com uma igreja cravejada de balas da Guerra Civil espanhola e uma fonte, local onde foram gravados filmes de renome e o videoclip de uma música que marcou a minha infância, My Immortal dos Evanescence. Ainda me lembro de um colega de catequese que tinha esta canção como toque polifónico no seu Nokia. O telemóvel tocou e o Sr. Padre Pinho não gostou...

 

Na Plaça de Sant Felip Neri, cenário de filmes de Hollywood

 

A chuva intensificou-se na Plaça Reial, abreviando a última paragem da tour e precipitando a corrida de toda a gente, cada um para sue lado. Eu dirigi-me para o hotel para lanchar e descansar um pouco. Contudo, pelo caminho dei de caras com a Fábrica de Cerveja Moritz. E decidi entrar. A Moritz foi a primeira fábrica a produzir cerveja em escala industrial na Espanha e, em 2012, remodelaram o espaço da antiga fábrica, abrindo um grande bar-restaurante que vale a pena conhecer. Se se acharem perdidos na infinidade de cervejas à vossa escolha, façam como eu, optem pela prova de cervejas para absorver ao máximo o melhor de cada uma!

 

Prova de cervejas na Moritz

 

Para terminar o dia preenchido, como era dia de Atlético de Madrid vs Barcelona, tentei arranjar um local para jantar que desse o grande jogo na televisão. Mesmo sendo um domingo à noite, os principais sports bars estavam cheios, mas por sorte encontrei um sítio até bastante próximo do meu hotel que tinha lugar e televisor na esplanada. Foi assim que me instalei no Bar Restaurant Mani, rodeado de adolescentes comendo kebabs e bebendo cañas e coca-colas. O jogo até estava a correr mal para os catalães, com o Atlético a vencer 2-0 ao minuto 70. Mas depois tudo mudou. O Barcelona iniciou uma remontada épica e selou a vitória já em tempo de compensação. O desânimo sucumbiu à total loucura que se seguiu. As “bancadas” do restaurante saltaram para festejar a reviravolta que mantinha os blaugrana na frente da corrida pelo título espanhol!

 

Festejos dos adeptos blaugrana pela vitória por 2-4 contra o Atlético de Madrid, no Bar Restaurant Mani

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Até um dia, ULSEDV!

A vida é feita de etapas e de ciclos.

Hoje para mim encerra-se mais um.

Hoje, dia 10 de abril de 2025, é o meu último dia de trabalho na Unidade Local de Saúde de Entre o Douro e Vouga (ULSEDV). 

Como tantos colegas de outras especialidades, entrei no então Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga a 1 de janeiro de 2019 para realizar o Internato de Formação Específica em Medicina Física e de Reabilitação.

 

Recordação da sessão de acolhimento aos novos Médicos Internos de Formação Geral e de Formação Específica em janeiro de 2019

Nessa altura deixei a minha terra natal, mas felizmente não vim obrigado ou porque era que sobrava na lista de possibilidades. Vim porque assim o quis e para tal trabalhei. No momento da escolha, em junho de 2018, no areal soalheiro de Faro, e após um período de muitas decisões e indecisões, considerei ser a melhor opção para prosseguir a minha formação. Buscava uma realidade diferente daquela em que cresci e em que me formei enquanto médico e necessitava de um espaço onde de igual modo me pudesse desenvolver enquanto pessoa, longe da alçada dos pais, com quem vivi nos primeiros 24 anos de vida.


 

A minha última reunião multidisciplinar da Unidade Geriátrica Aguda do Hospital de Oliveira de Azeméis, unidade da qual fiz parte ao longo do último ano, já como especialista. Um obrigado a todos pelo carinho e um especial abraço ao seu grande impulsionador, o Dr. Gonçalo Sarmento!


Passados 6 anos e 3 meses, contas feitas, estou contente pelo caminho que tomei. A escolha correspondeu às expectativas! Não foi uma opção fácil, e decerto que poderia ter seguido um outro rumo, manifestamente mais expectável... Perguntam-me, hoje voltaria eu a fazer o mesmo? Olhem, se hoje pudesse acelerar num DeLorean a 88 milhas por hora e regressar a 2018, muito provavelmente teria voltado a escolher a ULSEDV. Aqui fiz um Internato bastante completo, mas também à medida das minhas áreas de interesse. Desde a primeira comunicação oral num congresso em Marrocos até à última num congresso em Leiria, tive a possibilidade de apresentar muitos trabalhos em eventos de prestígio, o que também me permitiu conhecer algumas cidades nacionais e estrangeiras. Além disso, concretizei um sonho de menino ao estagiar um mês no meu querido Sporting, um estágio bastante marcante do meu percurso. Tal como marcante foi a pandemia COVID-19, que infetou metade do meu internato, e que o engenho da nossa Diretora permitiu que o serviço não ficasse ligado ao ventilador. Ao longo deste trajeto estabeleci várias relações de trabalho e de amizade que espero cultivar e levar para a vida, e fui agraciado com uma orientadora espetacular que se transformou numa das minhas melhores amigas.

 

Bolo carinhosamente feito pela secretária Ana Rodrigues do Serviço de MFR do Hospital de São Sebastião

Mas nem tudo foi perfeito e os meus últimos meses, já enquanto especialista, foram mais difíceis. Fruto da expansão e desenvolvimento das três unidades hospitalares já existentes na ULSEDV e da recente integração de uma nova, trabalhar nesta instituição tornou-se bastante mais desafiante pelas diversas necessidades e dinâmicas de cada local, pelo cansaço acumulado e também pelo dispêndio financeiro associado às inúmeras viagens entre unidades. Ainda assim, estou certo de que esta experiência me amadureceu e me deixou mais bem preparado para o que há de vir!

 

Jantar de Despedida com vários médicos do Serviço de MFR da ULSEDV no restaurante Casa Branca, em Gaia. Um agradecimento a todos os que despenderam da noite para estar comigo, em especial à organizadora, a Dra. Isabel Romeiro, e à Dra. Catarina Aguiar Branco que fez questão em estar presente. E não posso deixar de mencionar a presença da Dra. Maria Manuel Baptista, que veio a este jantar.


E tal como nos livros e nos curricula, no final é tempo dos agradecimentos. E há muitos a fazer. Como tal, sem nomear alguém em concreto, mas com todos em particular no pensamento, quero deixar o meu sincero agradecimento a todos aqueles que sempre me tratam com simpatia ao longo destes 6 anos e 3 meses nas várias unidades da ULSEDV: secretários, senhores do bar, terapeutas, enfermeiros, médicos, auxiliares, utentes... Foi muito por vossa “culpa” que fui adiando esta minha decisão de, por agora, partir rumo a novos desafios.

 

Visita ao Serviço de MFR do Hospital de Ovar, um hospital bastante importante da ULSEDV. Nos meus últimos meses na ULS trabalhei cá e assisti à transformação que se encontra em curso na mais recente unidade da ULSEDV. É um hospital com gente de enorme valia e com bastante potencial!

Muito obrigado a todos!


Bolo de chocolate da (In)Fusão Comida Com História, propriedade do Auxiliar Bruno Sá, um espaço a visitar em Santa Maria da Feira!

E até um dia!

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Barcelona 2025 - parte 3: de Badalona a Barcelona

 

Na manhã seguinte levantei-me e antes de tomar o pequeno-almoço, corri a cortina da janela do quarto e sentei-me na beira da cama simplesmente a contemplar aquela vista. A “tempestade” da véspera dera lugar a uma manhã soalheira de bonança para as “formigas” darem o seu passeio à beira-mar.

Vista do hotel na Marina de Badalona

Também eu fui “formiga” nessa manhã, mas antes fui aproveitar o ginásio do hotel, que estava bem equipado, para fazer um treininho (quem tem este vício, percebe que até em férias custa não treinar...). Banho tomado e sweater e casaco vestidos para fazer contrariar a brisa fresca costeira lá fui eu juntar-me ao carreiro de “formigas” que vislumbrei do alto do 13.º andar do meu quarto de hotel. Porém, cá em baixo, os seres minúsculos ou eram famílias que faziam caminhadas, pessoas a correr, ou simplesmente a fazer uma merenda matinal com o que haviam adquirido no supermercado Mercadona sito ao lado do hotel.

No Port de Badalona

Fui percorrendo de ponta a ponta a marginal. Na praia, apesar de estar frio, vários grupos de jovens jogavam voleibol, outros faziam musculação no setor de barras e até me deparei com campo especialmente dedicado a um desporto que desconhecia, o Pickleball. É uma mistura de ténis, badminton e ping-pong que tem vindo a crescer de popularidade nos últimos anos, vim eu a descobrir quando pesquisei na Internet. Bem perto desse terreno de jogo, no Pont del Petroli, encontrava-se uma das atrações daquela zona de Badalona, a escultura de um macaco com traços de Charles Darwin segurando uma garrafa de anis, símbolo da marca Anis del Mono. A escultura em bronze foi construída em 2012 para homenagear essa importante marca de anis de Badalona e, desde então, tem permitido aos turistas tirar divertidas fotografias, como eu próprio não deixei de fazer.

No Pont de Petroli junto da emblemática escultura do macaco da Anis del Mono

 

Ainda galguei a restante marginal e alcançado o extremo oposto ao hotel apeteceu-me sentar numa rocha e tal como ela, ficar simplesmente a mirar a acalmia transmitida pelas águas do mar Mediterrânico.


Estive nesta introspeção uns bons minutos e quando a minha mente emergiu do fundo daquelas águas estava na altura de rumar finalmente a Barcelona propriamente dita. Dirigi-me novamente à estação de Pep Ventura e apanhei a linha 2 do Metro em direção à paragem Hospital Clinic, no bairro de Eixample, a escassos minutos a pé do hotel onde iria ficar nas duas noites seguintes. Antes de fazer o check-in, como já eram 15h, optei por parar num restaurante para almoçar (a horas de Nuestros Hermanos...). O melhor restaurante da zona, o Retorno, tinha fila para entrar, por isso optei pelo El Rincón de Angél.


E se o entrecot de ternera que comi merecia um pouco mais de tempero para se tornar inesquecível, a minha permanência neste restaurante teve o seu momento caricato. Ora então, poucos minutos depois de me sentar na esplanada, na mesa devidamente indicada pelo funcionário, que deveria ter a minha idade, fui abordado por um idoso que se aproximou pelas minhas costas, empunhando um pires de café com uma nota e moedas no seu interior. O senhor verbalizou umas palavras que eu mal percebi, num tom espanhol bastante carregado, que mais tarde compreendi ser catalão falado depressa. Da maneira que ele se apresentou, assim do nada, e esticando aquele pires de café na minha direção, eu automaticamente julguei que se tratasse de um pedinte que andasse a molestar os clientes da esplanada e logo lhe disse que ainda estava à espera e não queria nada. O senhor meio confuso lá me deixou e só quando ele se dirigiu para o interior do estabelecimento e o observei a dar indicações aos funcionários é que me se fez luz na minha cabeça! Aquele não era um pedinte, não. Aquele era o dono do restaurante. Aquele era o senhor Angél!


Como as aparências, as circunstâncias e os condicionamentos que trazemos doutras situações passadas nos podem iludir! E com tudo aquilo esqueci-me de pedir para o entrecot ser um pouquinho mais bem passado. A carne veio quase em sangue e olhem, com a fome que tinha, nem pedi para grelharem um pouco mais, foi mesmo assim. Mastigando e mastigando a textura pastosa da carne muito mal passada, tive mais do que tempo para me lembrar de um grande amigo meu que adora ir a um restaurante muito bom na Figueira da Foz, onde quem não come carne mal passada nem vale a pena entrar!

 

Findada a refeição fui para o hotel, fiz o check-in, tomei um banho e adormeci, tal era o cansaço das últimas horas. Quando voltei a mim, tinha uma notificação do email no telemóvel que me informava que o pub crawl que havia marcado para essa noite tinha sido cancelado. Foi uma oportunidade perdida para conhecer outras pessoas... Não fiquei a chorar e, então, aproveitei o tempo para varrer alguns dos pontos turísticos de Barcelona. Abalei já perto das 18h e com o sol a pôr-se fiz o trajeto de 25 minutos a pé até ao emblemático Passeig de Gràcia, onde em 2006 fiquei hospedado com a minha família na primeira noite. E só lá ficamos nessa noite, porque roubaram o cartão de crédito ao meu tio no hotel e então achamos melhor trocar para outro local mais recomendável. Lembro-me apenas que a entrada do hotel era numa das “esquinas” dos octógonos nos quais os edifícios da cidade se encontram organizados. Com toda a certeza que esse hotel já mudou de nome e gerência…

 

Num espaço de duas horas ainda consegui ver muita coisa. Comecei pela Casa Batlló e Casa Milà (La Pedrera).

Casa Milà (La Pedrera)

Depois segui pela Avenida Diagonal e observei a Casa Comalat e Casa de les Punxes.

Casa de les Punxes

Finalmente ainda caminhei mais de meia hora para apreciar a beleza da Sagrada Família rasgando os céus já quase totalmente escurecidos.

Na Sagrada Família

Várias dezenas de pessoas encontravam-se nas imediações a fotografar o monumento e claro, a tirar selfies. E por falar em selfies, não pude deixar de reparar no tremendo esforço, empenho (e paciência…) com que um rapaz estava a fotografar a namorada. O casal ainda esteve naquilo uns bons minutos, pois de cada vez que ele lhe mostrava as fotos ela mandava-o tirar mais! E sim, a Sagrada família ainda está em construção!